Zona de Impacto - ISSN 1982-9108 ANO 18 Vol. 2 - 2016 - julho/dezembro
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Página InicialA RELIGIÃO DA
CULPA:
APONTAMENTOS SOBRE PENSAMENTO POLÍTICO E AS RELIGIÕES
versão em pdfDirceu
Rodrigues da Silva
O presente trabalho busca
analisar proximidades entre os comportamentos capitalistas e a religião
tendo
por base teorias de Walter Benjamin. Para tanto, utilizamos de um
importante
fragmento desse autor, onde debate-se como o capitalismo pode ser
entendido
como uma religião que por meio da culpa/dívida (Schuld) guia as
atitudes de
seus seguidores. Inspirados em dois personagens de Brecht buscamos
questionar o
papel da religião no interior dos pensamentos políticos acerca do
mundo. A
crença no lucro individual acima de qualquer valor da sociedade,
justificando o
abuso desumano do homem sobre o homem ou o abandono da fé ingênua e a
proximidade da crença de que somente por meio de suas próprias ações o
mundo
pode ser transformado. Essas são afirmações chaves, obviamente
extremadas, para
se entender relações com a religião nas duas correntes de pensamento
apresentadas nesse trabalho. Todavia, buscamos proximidades entre
religião e o
socialismo, apresentando algumas aproximações feitas por teóricos
marxistas
acerca das contribuições que a religião poderia trazer para o
pensamento
revolucionário. Um autor importante para este trabalho é Michael Lowy,
em seus
artigos, aqui apresentados, o brasileiro nos leva a questionar a
suposta
unanimidade que apresenta o marxismo como opositor das religiões, para
tanto
apresenta-nos autores, como Ernst Bloch e Lucien Goldmann, que em seus
trabalhos imaginam boas relações entre o pensamento religioso e os
ideais
marxistas. Palavras-chave: Walter
Benjamin; Capitalismo; Religião; Socialismo. ABSTRACT This paper searches to analyze
the vicinity between the capitalists
behaviors and the religion based on theories of Walter Benjamin.
Therefore, we
use an important fragment of this author, where it is debated how
capitalism
can be understood as a religion that by the guilt / debt (Schuld)
guides the
attitudes of its followers. Inspired by two characters of Brecht we
sought to
question the role of the religion within the political thoughts around
the
world. The belief on individual profit above any value of the society,
justifying the inhuman abuse of man over man or the abandonment of the
naive
faith and the proximity of the belief that only through their own
actions the
world can be transformed. These are key statements, obviously extreme,
to
understand relations with the religion in the two schools of thought
presented
in this work. However, we seek nearness between religion and the
socialism,
showing some approximations made by Marxist theorists about the
contributions
that the religion could bring to the revolutionary thought. A lead
author for
this paper is Michael Lowy, in his articles, presented here, the
Brazilian leads
us to question the supposed unanimity that presents the Marxism as an
opponent
of religions, therefore it presents to us authors, such as Ernst Bloch
and
Lucien Goldmann, that in their work imagine good relations between the
religious thought and the Marxist ideals. Keywords: Walter Benjamin;
Capitalism; Religion; Socialism. INTRODUÇÃO Em uma das
obras da dramaturgia de Bertold Brecht (1889-1956) Santa
Joana dos Matadouros[1]
o autor nos apresenta o personagem antagonista Jack
Pierpoint, um
empresário sem escrúpulos que tem como meta de vida obter o lucro nos
negócios
e ser bem-sucedido financeiramente. O personagem defende sua visão de
mundo
religiosamente com cinismo e até mesmo com violência. Para ele essa
visão é sem
dúvida a correta. Jack Pierpoint é um personagem fictício da importante
obra de
Brecht, entretanto, não é difícil perceber que o personagem carrega
muitos
significados, entre eles: o modo de pensar de um grupo empresarial
denominado
capitalista. Buscaremos
neste trabalho analisar um pouco melhor esse modo de pensar
capitalista.
Todavia, trabalharemos com a hipótese das proximidades entre as
religiões e a
ética capitalista. Com auxílio de vários outros autores que fizeram a
aproximação entre religião e capitalismo, com bem mais capacidade,
buscaremos
organizar e apresentar algumas das ideias que circulam esse tema. Como
guia
deste trabalho temos o ensaio do filósofo alemão Walter Benjamin, Capitalismo como religião[2],
onde ele vai traçar proximidades entre os fundamentos
das religiões e a
ética capitalista.
Cabe lembrarmos que a obra
de Brecht[3]
tem como objetivo discutir o papel da religião dentro do espirito
revolucionário. A própria personagem principal, que já leva no nome
alusão a
santa católica Joana D’arc, inicia o drama adepta a uma religião
denominada
Chapéus Negros, e dentro dessa crença verdadeira é levada pela
ingenuidade e
piedade a ajudar os mais pobres sem esperar nada em troca. Entretanto,
a obra
de Brecht mostra a transformação da personagem que durante a trama
começa a
perceber esquemas de corrupção e aos poucos se decepcionar com a fé a
sua
religião. Existe uma conversão invertida no caso de Joana, que termina
a obra
morrendo de pneumonia por descaso dos mais ricos, e que em suas últimas
palavras deseja a morte de todos que pregam a existência de Deus: "Se por acaso
alguém vier dizer baixinho, Que existe um
Deus, invisível é verdade, Do qual, portanto
podeis esperar por socorro, Batei-lhe o crânio
na pedra, Até que ele
rebente.[4]” Entretanto a
personagem é tratada como santa, a crítica para com as instituições
religiosas
não poderia ser mais clara. Joana no decorrer do drama aceitaria os
ideais
revolucionários, entenderia a exploração dos mais ricos (seu
antagonista
capitalista Jack Pierpoint) para com os pobres, e morreria observando
sua
religião ser conivente a isso. As concepções da personagem mudariam no
fim do
drama. Contudo,
caberá a esse trabalho apontar também proximidades entre os ideais
revolucionários marxistas e os fundamentos religiosos. Perceberemos com
uma
breve análise do artigo de Michael Lowy que o elo entre marxismo e
religião já
possui raízes fortes, que as teorias de Marx já foram pensadas por
importantes
autores sob um víeis próximo ao religioso. Buscaremos entender as
oposições dos
pensamentos que guiam e que se fazem presentes nos personagens da obra
de
Brecht: O capitalista ambicioso e seguro de suas práticas e a santa
revolucionária que pede distância da religião nos minutos finais de sua
vida. A
RELIGIÃO DE PIERPOINT
Buscamos nessa primeira
parte do trabalho traçar aproximações entre o capitalismo e a religião,
tentaremos demonstrar como a crença capitalista leva a uma específica
conduta,
na sua maioria cega e arrebatada, como a do personagem antagonista na
peça de
Brecht. Capitalismo como religião é
o
título do trabalho incompleto de Walter Benjamin da
década de 1920, nesse fragmento o autor, que sofreu com
o
totalitarismo na Europa, traça proximidades do modelo de pensamento
capitalista
como uma forma religiosa. Não se trata de aproximar o capitalismo a
alguma
religião e sim de demonstrar como o próprio cerne do comportamento
capitalista
assemelha-se a uma religião, uma religião capitalista. Para Benjamin o capitalismo serve essencialmente à
satisfação das mesmas preocupações, tormentos e inquietudes aos quais
outrora
davam resposta a religião[5].
Essa teoria distanciar-se-ia de outras que
relacionam
religiões e a ética capitalista, como é o caso do famoso livro de Max
Weber, na
ótica de Benjamin a religião não seria formada e nem formadora de
práticas religiosas,
seria sim um fenômeno religioso essencial. Todavia, o capitalismo teria
se
afastado do sobrenatural, e se tornaria uma religião puramente
cultural. A
prática de recorrer ao próprio Deus, por exemplo, seria somente na
desolação
proporcionado pelo próprio capitalismo, Deus se revelaria no desespero.
Dessa
forma, Deus não estaria morto, só permaneceria oculto à espera do ápice
da
culpabilização.
A culpa seria a essência da religião capitalista,
dentro
de sua moral aqueles que são taxados como fracassados tem total culpa
de sua
situação. Dessa forma, o capitalismo em um tempo permanente, levaria
seus
constituintes a pensar cada momento de sua vida de forma a obter a
maior
vantagem dentro da moral capitalista. Essa moral, como religião, não se
restringiria
a seus templos: bolsas de valores, bancos, mas a todos os lugares da
sociedade.
A culpa acompanharia a todo tempo o ingressante no mundo capitalista.
O autor lembra-nos que o próprio termo Schuld, termo alemão que significa ao
mesmo tempo culpa e dívida, assim o sentimento de culpa está
diretamente ligado
a dívida pela própria semântica vocabular. A religião capitalista nos
obrigaria
a endividar/culpabilizar para ser um de seus integrantes e, segundo
Benjamin,
essa dívida/culpa só cresceria durante nosso processo religioso
capitalista,
estaríamos diante de um mundo cada dia mais desesperado e sem
esperança. Os
santos e ícones dessas religiões seriam as notas de dinheiro, cultuadas
em suas
diferenças e valores em uma religião de puro culto e sem dogmas, o
lucro e a
vantagem justificam a exploração.
Todavia o autor nesse curto fragmento aponta três
traços
que aproximariam o capitalismo de uma religião: a duração permanente, o
sentimento de culpa, e a dívida/culpa constante (Verschulden).
O autor ainda traça aproximações entre os sacerdotes
religiosos e os psicanalistas da modernidade.
No final do fragmento encontramos observações acerca
da
confusão existente entre a história do cristianismo e a história do
capitalismo: O
capitalismo
desenvolve-se no ocidente como um parasita no cristianismo- não apenas
no
calvinismo, mas também, como deve ser mostrado, nas várias correntes
cristãs
ortodoxas- de tal maneira que, no final, a história do Cristianismo é
essencialmente a de seu parasita, o capitalismo[6]. Diferente das
teorias de Max Weber, que busca proximidades entre as doutrinas
protestantes e
a acumulação capitalista[7],
Walter Benjamin apontará para um capitalismo autônomo, formador de si e
parasita das religiões, de tal maneira que na história dessas religiões
a ética
capitalista aparece naturalizada ou mesmo comum a própria crença. Em outro
fragmento de Benjamin denominado Sobre o
conceito de história[8],
o alemão discorre sobre a prática historiográfica materialista, ele já
nos
parece traçar paralelos entre as religiões e as ideologias. Quando
escreve
sobre os fascismos e sua força na Europa vai apontar a fé no progresso
como o
grande totem que aproxima seus adeptos. A fé no progresso, segundo
Benjamin,
seria uma grande falácia que manteria os status políticos dos mais
fortes,
assim como, legitimaria a dominação e opressão do mais rico. A nosso ver
essa fé no progresso, apontado no fragmento como guia dos regimes
fascistas,
também seriam motor da religião capitalista. O progresso como um
paraíso cada
dia mais inatingível legitimaria abusos e mesmo mortes. O progresso
dentro da
religião capitalista seria uma eterna busca.
Estaríamos dentro desse mundo religioso e sem
nenhuma
forma de supera-lo? Ainda no primeiro fragmento Benjamin escreve que
nas
sociedades ditas pagãs os indivíduos, assim como no capitalismo, viam a
religião como prática em sua utilidade, não nos preceitos morais e
teológicos.
Assim como no capitalismo, os pagãos também desqualificavam aqueles que
não
acreditavam e seguiam suas doutrinas religiosas como incapazes, no
nosso caso
capitalista mais especificamente, como improdutivos.
Todavia, Benjamin vai escrever sobre outra ética a
ser
seguida, sobre essa ética, muitos autores a aproximaram também de
aspectos
religiosos, pensamos que talvez seja essa outra moral a principal
corrente que
nos distanciaria da fé capitalista, por buscar entende-la e se
posicionar em
sua oposição, referimo-nos ao socialismo. A
CONVERSÃO DE SANTA JOANA
Importante lembrar que Capitalismo
como religião[9]
além do fragmento de Walter Benjamin também é um livro organizado por
Michel
Lowy, onde ele apresenta uma seleção de fragmentos do primeiro autor,
inclusive
o fragmento analisado. Michel Lowy é brasileiro e pesquisador na França
onde
atualmente dedica-se aos estudos do Marxismo em especial das obras de
Walter
Benjamin. Uma das obras de Michel Lowy é de grande importância para
este
trabalho: Marxismo e Religião, Ópio do
povo? Nesse trabalho o brasileiro busca organizar os elos de
comunhão entre
o marxismo e a religião.
Buscaremos neste segundo tópico do trabalho
estabelecer
relações, não mais entre capitalismo e religião, mas entre socialismo e
religião. Com a ajuda de Lowy apresentaremos diálogos teóricos entre
religião e
marxismo. No início do artigo Lowy aponta para uma possível crítica ao
seu
trabalho, que pode servir de alerta para o nosso também, não buscamos
uma
defesa da religião, principalmente a cristã, como uma religião
defensora das
mudanças sociais, mas sim, demonstrar como muitos marxistas pensaram a
religião
pelo viés revolucionário. Todavia, cabe a nos lembrarmos de que a
grande
maioria das religiões continua a ser, ainda que em um período de
importantes
mudanças no âmbito católico, uma trincheira do conservadorismo, basta
atentarmos para a relação de controle que a religião estabelece com o
corpo da
mulher na atualidade.
A religião como ópio do povo, é essa a afirmação
corrente
quando se pensa nas teorias de Marx e a religião. Entretanto, não se
problematiza a frase, muito menos se pensa ela dentro de todo o
parágrafo: A angustia religiosa é ao mesmo
tempo a expressão da
verdadeira angustia e o protesto contra esta verdadeira angustia. A
religião é
o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, tal
como ela
é o espirito de uma situação sem espiritualidade. Ela é o ópio do povo.[10]
Como Lowy ressalta, esse trecho da obra de Marx
normalmente não é pensado dentro da ideia total transmitida pelo
parágrafo.
Todavia, o autor alemão não havia desenvolvido suas principais teorias,
sendo
considerado por muitos autores como neo-hegeliano nesse início da
carreira. No
trecho completo Marx parece estabelecer uma religião de faces, hora
legitimando
o opressor e hora fortalecendo o oprimido. Esse é o grande caminho
seguido
pelos que tentam aproximar a religião do marxismo, mostrar que a
religião pode
ter peculiaridades que trazem à tona os ideais revolucionários.
Importante ressaltar ainda que Marx desenvolve suas
teorias acerca da religião seguindo modelos de pensadores anteriores a
ele,
como Heine, que é o primeiro a escrever da religião como sustentação
para o
sofrimento do homem, como o ópio do povo.
Cabe frisar que tanto Marx como Engels eram, ao
menos
depois de desenvolver suas principais teorias, fortes opositores da
religião.
Ainda que a frase de Marx seja símbolo dos estudos de religião e
marxismo,
sobretudo os ateus, Friedrich Engels preocupou-se ainda mais em seus
escritos
com as questões que envolviam a religião. Seus escritos serão
utilizados por
muitos católicos marxistas que buscam uma essência revolucionária em
sua
religião, o principal motivo é Engels ter deixado algumas passagens
onde, como
afirma Lowy, apresenta os cristãos primitivos como próximo as teorias
que
defende. Engels aponta como diferença à espera da salvação/libertação,
enquanto
um grupo esperaria a salvação em outra vida o outro buscaria a
libertação nesse
mundo.
A filósofa Rosa Luxemburgo é uma das defensoras do
socialismo como mais fiel aos preceitos originais do cristianismo do
que a
Instituição católica. Trata-se de um resgate das tradições cristãs e
transmissão delas ao movimento operário. Para a autora se pode lutar
pelo
socialismo em nome dos verdadeiros valores do cristianismo original.
Outro aspecto dos escritos de Engels utilizado pelos
estudos religiosos marxistas é seus apontamentos sobre o potencial de crença na real transformação que a
revolução deve gerar em seus integrantes, assim como a religião o faz
com seus
adeptos: A
consciência
de si da humanidade é o novo Graal em torno do qual as pessoas se
reúnem cheias
de alegria... Tal é nossa tarefa, tornarmos os Cavaleiros deste Graal,
empunhar
a espada por ele e arriscar alegremente nossa vida na ultima Guerra
Santa que
será seguida do reino milenar da liberdade.[11]
Por esse viés pensadores como Ernst Bloch também
pensaram
a religião, como a esperança do ainda-não-existe,
ou seja, espera-se que a o marxismo, mesmo o científico, tenha
esperança na
transformação da sociedade, assim como a fé do devoto em um paraíso
religioso.
Bloch, segundo Lowy, idealizava uma união entre o cristianismo e a
Revolução,
processo denominado como a religião ateia.
O que se pretendia era transpor para o pensamento revolucionário o
potencial
utópico das tradições religiosas.
O brasileiro Michael Lowy lembra no livro que outros
autores partilharam dos ideais de Bloch, como Lucian Goldmann. Esse
filósofo de
origem judaica compara, com o devido cuidado de não assimilar, a fé
religiosa a
fé marxista. Em sua obra O Deus Escondido[12], Goldmann aproxima as doutrinas por
recusarem o individualismo e acreditarem em um futuro imaginado.
Esses são alguns dos teóricos, apresentados por
Michael
Lowy, que em seus trabalhos relacionaram marxismo e religião. A ideia
não é
esgotar todos os estudos que se dedicaram a temática, tão pouco
apresentar toda
a teoria desses pensadores. Outros autores, esses mais vinculados aos
estudos
das religiões, como Mircea Eliade, discutiram em suas obras
proximidades entre
o pensamento socialista e as religiões, todavia, tentamos neste estudo
traçar
um breve panorama desses autores, tento como pano de fundo a conversão
da
personagem de Brecht, que abandona sua fé ingênua e busca liberdade por
meio de
uma postura ateia e revolucionária. CONCLUSÃO Buscamos neste
trabalho traçar proximidades entre a conduta religiosa a capitalista e
a
socialista. Todavia, seguimos por caminhos diferentes nesta
aproximação: quando
comparamos o pensamento religioso e o capitalismo buscamos base nas
teorias de
Walter Benjamin, que em um dos seus fragmentos, guia para o trabalho,
traça
características inerentes ao capitalismo que o aproxima de uma
religião. Na
segunda aproximação, religião e socialismo, tivemos como base textos de
Michael
Lowy, que buscou compreender, assim como parte do trabalho, as
proximidades das
diferentes teorias desenvolvidas pelos pensadores marxistas que
envolveram a
religião. Importante
ressaltar que percebemos que assim como a religião não é homogênea:
possuem
diferentes leituras e formas de ação, o pensamento marxista acerca da
religião
também não é. Demonstramos como diferentes teóricos pensaram relações
entre
cristianismo e o pensamento revolucionário, demonstrando um pensamento
heterogêneo acerca do tema. Dessa forma a religião também é
heterogênea, e as
diferenças surgem a cada nova leitura de sua fé, como por exemplo, a
aproximação com o marxismo e o surgimento da teologia da libertação na
América
latina. Com as grandes
mudanças que ocorrem na Igreja nesses últimos anos, como a entrevista
do Papa
Francisco acusando os comunistas de roubarem as bandeiras do verdadeiro
catolicismo[13],
creditamos ser importantes os estudos que busquem entender as relações
entre a
religião e os pensamentos marxistas. Esperamos propiciar novos debates
e
questionamentos acerca dos temas, assim como, trazer novas informações
sobre o
assunto. BIBLIOGRAFIA BENJAMIN, Walter. Capitalismo
como religião. Tradução: Jander de Melo Marques Araújo.
Revista Garrafa 23. Janeiro- Abril 2011. BENJAMIN,
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Janeiro- Abril 2011. [3] BRECHT, Bertolt. A
Santa Joana dos Matadouros. Tradução: Roberto Schwarz.
Editora: Cosac
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reinvenção do espectador. São Paulo: Folha de São Paulo,
dezembro
de 2001. Disponível em:
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Janeiro- Abril 2011. (p.1) [6]BENJAMIN, Walter. Capitalismo
como religião. Tradução: Jander de Melo Marques Araújo.
Revista Garrafa 23.
Janeiro- Abril 2011. (p.2) [7]WEBER, Max. A
ética protestante e o espírito capitalista. Tradução: José
Marcos Mariani
de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. [8]BENJAMIN,
Walter. Sobre o conceito da
história. In: Magia
e técnica, arte e política. Ensaios
sobre literatura e história da
cultura. Obras escolhidas. V.1. Tradução: Sérgio Paulo
Rouanet. Ed:
Brasiliense, 1987. p. 222-232. [9] BENJAMIN,
Walter. O
capitalismo como
religião. São
Paulo: Boitempo
Editorial, 2013. [10] MARX, Karl. Crítica
da filosofia do direito de Hegel. (1844). IN: LOWY, Michael. Marxismo e Religião: Opio do povo? Portugal:
Revista Combate. n°285, março de 2006. Disponível em:
http://issuu.com/combate.info/docs/combate285 [11] MARX, Karl,
ENGELS, Friedrich. Historisch-kritische
Gesamtausgabe (1927). In: LOWY,
Michael. Ernest Bloch e Theodor Adorno:
luzes do romantismo. Tradução: Leandro
Galastri. Revista Cemarx, n°6, 2009.
(p.19). [12] GOLDMANN, Lucien.
Le
dieu
caché ; étude sur la vision tragique dans les Pensées de
Pascal et dans le
théâtre de Racine.
Paris:
Gallimard, 1955. [13] Entrevista onde Papa Francisco
relaciona bandeiras
comunistas ao pensamento católico no jornal italiano IL MESSAGGERO:
http://www.ilmessaggero.it/PRIMOPIANO/VATICANO/papa_francesco_serve_argine_deriva_morale/notizie/770510.shtml |
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